Imprensa Sindical por Val Gomes

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Palavras cruzadas

Tanto os católicos quanto os evangélicos sempre investiram muito em comunicação para disseminar suas mensagens teológicas. Estão nas rádios, tevês, Internet, redes sociais, revistas, jornais, cartazes e panfletos.

Todos os rituais religiosos, cultos e missas, perpetuam os “mistérios da fé” e a “palavra de Deus” com extrema competência comunicativa.Sem contar os que com suas bíblias sagradas soltam as vozes nas praças públicas para arrebanhar crentes, glorificar os céus, apontar sinais do apocalipse e delatar as míticas criaturas do mal.

Guardadas as devidas proporções, pois não vem ao caso competir com milênios, o sindicalismo também sempre precisou da comunicação para glorificar cotidianamente os avanços trabalhistas, econômicos, sociais e democráticos para a classe trabalhadora e a sociedade em geral.

Temos parâmetros importantes, como, no Brasil, a greve geral de 1917.

Deste histórico movimento em diante tivemos com a ascendente organização sindical melhorias nos ambientes e nas jornadas de trabalho, a consolidação das leis trabalhistas, novos ou ampliados direitos na Constituição Federal e, recentemente, a política de valorização do salário mínimo e a regulamentação do trabalho doméstico: uma das atividades com mais resquícios dos séculos de escravidão no país.

A imprensa sindical, com jornalistas de texto, arte e imagem, tem profissionalismo e militância para produzir, mesmo em tempos são-franciscanos, os melhores materiais e práticas para os dirigentes promoverem uma grande cruzada de comunicação na base, não permitindo que caia no esquecimento a verdadeira história destas conquistas.

Conquistas que, hoje duramente atacadas, nunca foram presentes de patrões e governos e estariam mais próximas da pregação de Jesus, contra as injustiças e as desigualdades, do que a dos que usam a palavra para manter pessoas presas à alienação, ao medo e à infelicidade.

Val Gomes
jornalista, assessor de Imprensa 

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