Arte é vida danificada, roubada e destruída neste início de 2023
O Brasil realizou eleições transparentes, em dois turnos de 2022, e a vontade da maioria que compareceu às urnas foi respeitada. Presidente, Governadores, Senadores e Deputados Federais e Estaduais foram eleitos democraticamente e pacificamente.
No entanto, vestígios de um governo fascista que desde 2018 propagou mentiras como forma de governar, incentivando o descrédito e o fechamento das instituições políticas, dos movimentos sindicais e sociais e da ciência – contaminaram uma parcela da população que ainda acredita na “salvação” pela força, pela eliminação do mais vulnerável.
É preciso e urgente que o nosso País revele, tire das sombras os reais patrocinadores e colaboradores dessa barbárie.
É necessário o desmonte dessa narrativa criminosa coordenada e amplificada nos grupos de mídias sociais. Esse padrão de violência precisa ser interrompido e punido.
Não apenas as prisões daqueles que disseminam ou são coniventes com esses atos. O mais importante é a fonte que financia essas redes, essas ferramentas golpistas e terroristas. Sem anistia!
Não podemos esperar que mais uma barbárie, como a do Distrito Federal, aconteça. Precisamos de paz e equilíbrio para trabalhar, principalmente, pelos mais vulneráveis. E o mercado também precisa entender isso.
A Praça dos Três Poderes que abriga o Palácio do Planalto (poder Executivo), o Congresso Nacional (poder Legislativo) e o Supremo Tribunal Federal (poder Judiciário) e os edifícios que a cercam foram profanados.
Os arquitetos Oscar Niemeyer e Lúcio Costa projetaram esses espaços para dar continuidade na construção de uma Nação Civilizada e de um País que caminhe rumo a um futuro melhor para o seu povo.
Algumas das obras destruídas e/ou danificadas:
O quadro As mulatas, de Di Cavalcanti, no Salão Nobre do Palácio do Planalto, foi atacado e levou sete rasgos.
A escultura O Flautista, de Bruno Jorge, no 3º andar do Palácio do
Planalto, foi totalmente destruída.
A escultura Galhos e Sombras, de Frans Krajcberg, no 3º andar do Palácio do Planalto, teve seus galhos quebrados em várias partes.
A escultura Bailarina, de Victor Brecheret, na Câmara dos Deputados, foi separada de sua base.
A escultura Maria Maria, de Sônia Ebling, na Câmara dos Deputados, foi depredada com pauladas.
A escultura A Justiça, de Alfredo Ceschiatti, em frente ao palácio do Supremo Tribunal Federal, foi depredada e pichada.
A obra Muro Escultórico, de Athos Bulcão, no Salão Verde da Câmara dos Deputados, foi perfurada.
Painel Vermelho, de Athos Bulcão, no Senado, foi arranhado com cacos de vidro.
O Relógio de Balthazar Martinot, do século XVII, foi totalmente destruído.
A peça The Pearl, autor desconhecido, foi furtada.
O vitral Araguaia, de Marianne Peretti, no Salão Nobre do Palácio do Planalto, foi danificado. A obra é uma maquete tátil da única mulher a fazer parte da equipe do arquiteto Oscar Niemeyer.
A pintura Bandeira do Brasil, de Jorge Eduardo, no térreo do Palácio do Planalto, foi localizada, boiando, no local inundado.
Muitos presentes, de valores inestimáveis, que o Brasil recebeu de delegações e autoridades internacionais, foram destruídos.
A lista das obras teve como fontes os veículos de comunicação e imprensa do Brasil”.
Susana Buzeli é jornalista
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